Procurar no site


Contacto

PRIMEIROS SINTOMAS
CAL - Centro de Artes de Lisboa
R. santa Engrácia 12A, 1170-333 Lisboa

(+351) 915 078 572

E-mail: primeiros-sintomas@primeiros-sintomas.com

A ESPECTADORA, de Miguel Castro Caldas

A ESPECTADORA, de Miguel Castro Caldas

2121h3021h30A ESPECTADORA

 

 

Concepção e texto: Miguel Castro Caldas

Dramaturgia: Miguel Castro Caldas e Sara Franqueira

Performer: Mónica Garnel

Duração: 40 minutos

 

Sinopse 

Estou aqui a passar uma folha de um lado para o outro, estabelecendo assim

dois lados, o meu lado e o vosso lado; e ao mesmo tempo estou a dizer (às vezes) o texto que está escrito nas folhas. Agora a questão reside em saber se o texto, ou seja, se o assunto é sobre a passagem das folhas, ou sobre essa linha que separa os dois lados,

ou sobre outra coisa ainda, que está escrita nas folhas, tornando assim as folhas, e a passagem das folhas, e o gesto que faz passar as folhas não mais do que o suporte desse texto, desse assunto, ao qual estavam apenas subservientes.

Vamos supor que o assunto é sobre a ideia de haver vozes maiores do que os corpos que proferem essas vozes. Isto é um assunto. Por um exemplo, imaginem um estado autoritário que tenta controlar demasiado o que as pessoas fazem por sua livre iniciativa e as pessoas então gritam por liberdade. Pois bem, o estado prende essas pessoas, mas o grito pela liberdade continua. É possível capturar os corpos mas não é possível capturar as vozes, por assim dizer, impessoais e colectivas. Como diz o homem de smoking na peça O Mundo começou às  5 e 47 de Luiz-Francisco Rebello :

“Nos sítios mais inesperados se ouvem essas vozes: no molho de couves que a criada compra de manhã no mercado, no bigode do condutor que nos vende o bilhete do carro eléctrico, no sorriso da prostituta que nos desafia... É de endoidecer!” Mas o pior, o pior são todos os que morreram e tiveram o cuidado de enxotar a sua voz para longe da morte.”

Se o assunto for este, então onde está o corpo e onde está a voz? O que nos junta e o que nos separa?

 

A ESPECTADORA foi encomendado e apresentado pela primeira vez em 2018 no Museu do Neorrealismo, com objecto cénico de Sara Franqueira e com o título FOLHEAÇÃO

 21, 22 e 24 de maio  - 21h30 no foyer do CAL

 

 

 

Miguel Castro Caldas

Escreve peças de teatro, fez dramaturgia de espectáculos, traduz ocasionalmente e dá aulas na licenciatura de Teatro na ESAD e na Pós-Graduação em Artes da Escrita na FCSH.. Alguns dos seus textos estão publicados na colecção Livrinhos de Teatro dos Artistas Unidos, na editora Ambar, na Douda Correria, na Mariposa Azual, na Culturgest, na Primeiros Sintomas, e nas revistas Artistas Unidos, Fatal e Blimunda. Recentemente publicou a Antologia Se eu vivesse tu morrias e outros textos, publicado na Imprensa Universitária de Coimbra e Enseada, na Douda Correria. Traduziu Samuel Beckett, Harold Pinter, Ali Smith, William Maxwell, John Kolvenbach, Joyce Carol Oates, Salman Rushdie, Senel Paz, Tenesse Williams, entre outros.

Ganhou uma Menção Honrosa em 2005 pela actividade de dramaturgo pela Associação de Críticos de Teatro e o prémio SPA 2017 para melhor texto português representado com Se Eu Vivesse Tu Morrias. Alguns dos seus textos estão traduzidos em espanhol, francês, húngaro, inglês e italiano.

 

 

Mónica Garnel

Tem o curso de Actores da E.S.T.C 

Em 1999 começa a trabalhar com Mónica Calle. Ao longo dos últimos vinte anos integra a maioria das produções da Casa Conveniente enquanto actriz, assistente ou técnica. No teatro foi, também, dirigida por Filipe La Féria, Carlos Avillez, Nuno Carinhas, João Mota, João Brites, Miguel Seabra, André e. Teodósio, Luís Fonseca, Bruno Bravo, Gonçalo Amorim, Nelson Boggio, Pedro Gil, Natalia Luiza, Francisco Campos, Gonçalo Waddington, Jorge Andrade, Cátia Terrinca, Francisco Salgado, Tonan Quito, entre outros.

 

Em 2006 co-criou Entretanto na Casa Conveniente, com Ana Ribeiro.

Em 2010 cria e apresenta o solo “Campo Grande” de Miguel Castro Caldas no festival curtas dos Primeiros Sintomas.

Em 2012 encenou e interpretou, em estreia absoluta na Casa Conveniente, o monólogo [sem título] carvão sobre tela, sobre um texto original de Miguel Castro Caldas. O espectáculo foi seleccionado para a Plataforma Portuguesa de Artes Performativas ‘13.

Em 2012 encenou ainda Bang Bang, a partir de “O Amante” de Marguerite Duras, estreado no Festival Curtas dos Primeiros Sintomas, e depois apresentado na Casa Conveniente. 

Em 2013, a convite do CCB, cria com Carla Maciel e Rita Redshoes o espectáculo "Frágil".

 Em 2014 , pelo seu desempenho em " A acompanhante" enç. Gonçalo Amorim, é nomeada pela Time Out para o prémio de Melhor Actor do ano.

 Em 2015 na zona J em Chelas cria o espectáculo "Drive in" a partir de cinco textos originais portugueses. 

Em 2018 no Teatro São Luiz encena o espectáculo “ The Swimming Pool Party “ um texto original de Ricardo Neves Neves.

Em 2019 encena “Antígona” de Sófocles no Teatro Nacional D.Maria II.

Em 2022 Co-Cria com Ines Vaz,

 “ Malhereusement Àmelie est nèe”, espectáculo que celebra os 100 anos da companhia Rey Colaço Robles Monteiro.

Em 2023 no âmbito do projecto Odisseia do TNDMII, encena “ O Misantropo a partir Moliere “ de Hugo Van der Ding e Martim Sousa Tavares.

Entre 2009/2014  coordenou, juntamente com Mónica Calle, um trabalho de formação de actores no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus. sdfihsDramaturgia: Miguel Castro Caldas e Sara Franqueira
Performer: Mónica Garnel
Duração: 40 minutos
 
Sinopse (excerto da apresentação)
Estou aqui a passar uma folha de um lado para o outro, estabelecendo assim
dois lados, o meu lado e o vosso lado; e ao mesmo tempo estou a dizer (às
vezes) o texto que está escrito nas folhas. Agora a questão reside em saber
se o texto, ou seja, se o assunto é sobre a passagem das folhas, ou sobre
essa linha que separa os dois lados,
ou sobre outra coisa ainda, que está escrita nas folhas, tornando assim as
folhas, e a passagem das folhas, e o gesto que faz passar as folhas não mais
do que o suporte desse texto, desse assunto, ao qual estavam apenas
subservientes.
Vamos supor que o assunto é sobre a ideia de haver vozes maiores do que
os corpos que proferem essas vozes. Isto é um assunto. Por um exemplo,
imaginem um estado autoritário que tenta controlar demasiado o que as
pessoas fazem por sua livre iniciativa e as pessoas então gritam por
liberdade. Pois bem, o estado prende essas pessoas, mas o grito pela
liberdade continua. É possível capturar os corpos mas não é possível
capturar as vozes, por assim dizer, impessoais e colectivas. Como diz o
homem de smoking na peça O Mundo começou às  5 e 47 de Luiz-Francisco
Rebello :
“Nos sítios mais inesperados se ouvem essas vozes: no molho de couves
que a criada compra de manhã no mercado, no bigode do condutor que nos
vende o bilhete do carro eléctrico, no sorriso da prostituta que nos desafia... É
de endoidecer!” Mas o pior, o pior são todos os que morreram e tiveram o
cuidado de enxotar a sua voz para longe da morte.”
Se o assunto for este, então onde está o corpo e onde está a voz? O que nos
junta e o que nos separa?
 
A ESPECTADORA foi encomendado e apresentado pela primeira vez em
2018 no Museu do Neorrealismo, com objecto cénico de Sara Franqueira e
com o título FOLHEAÇÃO
 
Miguel Castro Caldas
Escreve peças de teatro, fez dramaturgia de espectáculos, traduz
ocasionalmente e dá aulas na licenciatura de Teatro na ESAD e na Pós-
Graduação em Artes da Escrita na FCSH.. Alguns dos seus textos estão
publicados na colecção Livrinhos de Teatro dos Artistas Unidos, na editora
Ambar, na Douda Correria, na Mariposa Azual, na Culturgest, na Primeiros
Sintomas, e nas revistas Artistas Unidos, Fatal e Blimunda. Recentemente
publicou a Antologia Se eu vivesse tu morrias e outros textos, publicado na
Imprensa Universitária de Coimbra e Enseada, na Douda Correria. Traduziu
Samuel Beckett, Harold Pinter, Ali Smith, William Maxwell, John Kolvenbach,
Joyce Carol Oates, Salman Rushdie, Senel Paz, Tenesse Williams, entre
outros.
Ganhou uma Menção Honrosa em 2005 pela actividade de dramaturgo pela
Associação de Críticos de Teatro e o prémio SPA 2017 para melhor texto
português representado com Se Eu Vivesse Tu Morrias. Alguns dos seus
textos estão traduzidos em espanhol, francês, húngaro, inglês e italiano.
 
Mónica Garnel
Tem o curso de Actores da E.S.T.C 
Em 1999 começa a trabalhar com Mónica Calle. Ao longo dos últimos vinte
anos integra a maioria das produções da Casa Conveniente enquanto actriz,
assistente ou técnica. No teatro foi, também, dirigida por Filipe La Féria,
Carlos Avillez, Nuno Carinhas, João Mota, João Brites, Miguel Seabra,
André e. Teodósio, Luís Fonseca, Bruno Bravo, Gonçalo Amorim, Nelson
Boggio, Pedro Gil, Natalia Luiza, Francisco Campos, Gonçalo Waddington,
Jorge Andrade, Cátia Terrinca, Francisco Salgado, Tonan Quito, entre outros.
 
Em 2006 co-criou Entretanto na Casa Conveniente, com Ana Ribeiro.
Em 2010 cria e apresenta o solo “Campo Grande” de Miguel Castro Caldas
no festival curtas dos Primeiros Sintomas.
 
Em 2012 encenou e interpretou, em estreia absoluta na Casa Conveniente, o
monólogo [sem título] carvão sobre tela, sobre um texto original de Miguel
Castro Caldas. O espectáculo foi seleccionado para a Plataforma Portuguesa
de Artes Performativas ‘13.
Em 2012 encenou ainda Bang Bang, a partir de “O Amante” de Marguerite
Duras, estreado no Festival Curtas dos Primeiros Sintomas, e depois
apresentado na Casa Conveniente. 
Em 2013, a convite do CCB, cria com Carla Maciel e Rita Redshoes o
espectáculo "Frágil".
 Em 2014 , pelo seu desempenho em " A acompanhante" enç. Gonçalo
Amorim, é nomeada pela Time Out para o prémio de Melhor Actor do ano.
 Em 2015 na zona J em Chelas cria o espectáculo "Drive in" a partir de cinco
textos originais portugueses. 
Em 2018 no Teatro São Luiz encena o espectáculo “ The Swimming Pool
Party “ um texto original de Ricardo Neves Neves.
Em 2019 encena “Antígona” de Sófocles no Teatro Nacional D.Maria II.
Em 2022 Co-Cria com Ines Vaz,
 “ Malhereusement Àmelie est nèe”, espectáculo que celebra os 100 anos da
companhia Rey Colaço Robles Monteiro.
Em 2023 no âmbito do projecto Odisseia do TNDMII, encena “ O Misantropo
a partir Moliere “ de Hugo Van der Ding e Martim Sousa Tavares.
Entre 2009/2014  coordenou, juntamente com Mónica Calle, um trabalho de
formação de actores no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.