PRIMEIROS SINTOMAS
CAL - Centro de Artes de Lisboa
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(o mito de Orfeu em Monteverdi, Virgílio e Ovídio)
Versão cénica e dramaturgia: Miguel Loureiro e Vera Kalantrupmann
Encenação: Miguel Loureiro
Assistência: Sara Graça e Francisco Goulão
Actores: Inês Nogueira, Alice Medeiros, Gonçalo Ferreira de Almeida, João Villas-Boas e Miguel Loureiro
Cantores: Luísa Brandão e Luís Castanheira
Músico: João Aleixo
Espaço e roupas: João Rodrigues
Luzes: Marta Fonseca
Imagens, fotografias e grafismo: Helena Nogueira-Silva
Direcção técnica: Victor Gonçalves
Produção: 3/quartos
Nos Bosques Profundamente Silenciosos das Montanhas Trácias traduz uma vontade de trabalhar o mito de Orfeu a partir dos textos mais canónicos a ele ligados, Virgílio e Ovídio, a Eneida e as Metamorfoses respectivamente. Mas a ideia primitiva deste pequeno fresco com figuras devedoras das epopeias gregas radica para mim em termos ficcionais no início do séc. XVII, na favola in musica que Monteverdi escolhe para inaugurar o género operático: L'Orfeo (1609). O épico torna-se assim lírico e facilita-nos a leitura nestes tempos de acentuada nostalgia romântica, a métrica da epopeia é algo distante para nós. Alguém escreveu que o Orfeu era dos poucos mitos sem aplicação prática na mitologia clássica, sem caução psicanalítica, sem filiação filosófica, enfim um capricho da imaginação humana, 'solo per belezza'*. Uma paixão amorosa, uma cobra, uma mensageira, o Inferno, um resgate, um olhar e a pena perpétua da solidão; é o que nos irá bastar para voltarmos a uma das histórias mais glosadas de todos os tempos. Com cuidado. Com prazer.
Miguel Loureiro
* Expressão retirada de um texto belíssimo do Jorge Silva melo a propósito de uma ida ao teatro em Itália.
RESERVAS (lotação limitada, pelo que se aconselha a reserva prévia):
T. 962 566 961 / 933 559 591
Bilhetes : 7,5€
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